SE13213 - (Cirurgião Dentista. 2025. Vunesp) Leia o texto para responder à questão.
O desejo mergulha na luz
Chamava-se Desiderio, mas desconfio que não gostava muito desse nome. Que nem é feio – em italiano, pelo menos, quer dizer desejo. Eu só soube por acaso que era também Desiderio, um dia que pedi a meu irmão para levar uns livros a ele no hospital. A moça da portaria procurou “Fernando”, não havia nenhum. Procurou então “Severino”, e lá estava: Desiderio. Não cheguei a perguntar a ele se não gostava mesmo do nome tão sonoro. Não soube também se chegou a ler O apanhador no campo de centeio, que eu mandara naquela tarde. Eu não soube, não perguntei nem disse uma porção de coisas. Não comemos os camarões do Tirol com o doutor Eduardo. Não houve tempo. E a gente não sabia disso.
Só o encontrei há poucos meses, no fim da primavera do ano passado, por intermédio de Marcos Breda, que só conhece pessoas do bem, e com quem ele fazia Bailei na curva. Nos vimos poucas vezes depois.
Foi nessa mesma tarde que percebi o quanto ele estava frágil, embora aparentemente normal e bonito como sempre. Mas parecia vacilar às vezes – só parecia, qualquer coisa nos olhos, no passo –, como se fosse cair. Não caía. Por trás da fragilidade física escondia-se uma extraordinária força.
Nos últimos tempos, falamos muito pouco diretamente. Eu mandava recados, pedia notícias a um, a outro. As notícias eram cada vez piores, e aprendi por experiência própria que muitas vezes a gente prefere ser deixado a sós com o enigma do próprio corpo, quando ele começa nos devorar feroz, incompreensível.
Soube de sua partida numa manhã gelada de inverno. Eu acabara de voltar de um dos morros aqui perto de casa. Então, quando me contaram, suspirei assim “que alívio, meu Deus, que alívio”. Depois conversei com ele pedindo que fizesse boa viagem e não se preocupasse, que nós vamos tentar continuar cuidando de nós mesmos, que não olhasse para trás e mergulhasse na luz assim como quem se joga do alto do trampolim numa imensa piscina azul dentro de uma manhã alucinada de verão.
(Caio Fernando Abreu. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)
As passagens – Chamava-se Desiderio, mas desconfio que não gostava muito desse nome. (1º parágrafo) – e – Então, quando me contaram, suspirei assim “que alívio, meu Deus, que alívio”. (5º parágrafo) – estão, correta e respectivamente, interpretadas em:
SE13212 - (Cirurgião Dentista. 2025. Vunesp) Leia o texto para responder à questão.
O desejo mergulha na luz
Chamava-se Desiderio, mas desconfio que não gostava muito desse nome. Que nem é feio – em italiano, pelo menos, quer dizer desejo. Eu só soube por acaso que era também Desiderio, um dia que pedi a meu irmão para levar uns livros a ele no hospital. A moça da portaria procurou “Fernando”, não havia nenhum. Procurou então “Severino”, e lá estava: Desiderio. Não cheguei a perguntar a ele se não gostava mesmo do nome tão sonoro. Não soube também se chegou a ler O apanhador no campo de centeio, que eu mandara naquela tarde. Eu não soube, não perguntei nem disse uma porção de coisas. Não comemos os camarões do Tirol com o doutor Eduardo. Não houve tempo. E a gente não sabia disso.
Só o encontrei há poucos meses, no fim da primavera do ano passado, por intermédio de Marcos Breda, que só conhece pessoas do bem, e com quem ele fazia Bailei na curva. Nos vimos poucas vezes depois.
Foi nessa mesma tarde que percebi o quanto ele estava frágil, embora aparentemente normal e bonito como sempre. Mas parecia vacilar às vezes – só parecia, qualquer coisa nos olhos, no passo –, como se fosse cair. Não caía. Por trás da fragilidade física escondia-se uma extraordinária força.
Nos últimos tempos, falamos muito pouco diretamente. Eu mandava recados, pedia notícias a um, a outro. As notícias eram cada vez piores, e aprendi por experiência própria que muitas vezes a gente prefere ser deixado a sós com o enigma do próprio corpo, quando ele começa nos devorar feroz, incompreensível.
Soube de sua partida numa manhã gelada de inverno. Eu acabara de voltar de um dos morros aqui perto de casa. Então, quando me contaram, suspirei assim “que alívio, meu Deus, que alívio”. Depois conversei com ele pedindo que fizesse boa viagem e não se preocupasse, que nós vamos tentar continuar cuidando de nós mesmos, que não olhasse para trás e mergulhasse na luz assim como quem se joga do alto do trampolim numa imensa piscina azul dentro de uma manhã alucinada de verão.
(Caio Fernando Abreu. Pequenas epifanias, 2014. Adaptado)
As informações do texto permitem concluir corretamente que o narrador e Desiderio não comeram os camarões do Tirol porque
SE13211 - (Cirurgião Dentista. 2025. Vunesp) Leia o texto para responder à questão.
O viés da palavra câncer: combate ao estigma
Receber um diagnóstico de câncer é uma experiência que não vem com manual de instruções. É desafiador lidar com a notícia e, mais ainda, se preparar para o que está por vir. A própria palavra câncer não é uma palavra que as pessoas gostam de pronunciar, porque carrega um estigma e um peso, decorrentes de décadas de desinformação.
O estigma se reflete em expressões cotidianas. Quem nunca falou ou ouviu algo como “aquilo ali é um câncer para o País”? Não vamos menosprezar a doença que é, sim, complexa e pode ser o ponto final para muitas pessoas. Porém, precisamos ressaltar que os avanços em prevenção e tratamento são enormes e tornaram o diagnóstico cada vez mais promissor. É hora de reduzir a carga negativa que a palavra câncer carrega, pois, além de perpetuar desinformação, contribui para o isolamento emocional e psicológico de quem convive ou acompanha alguém nesse processo.
Compreender o câncer e seu significado não é mais sobre viver em função da doença, mas tratá-la para viver mais e melhor. Cada paciente, incluindo crianças e adolescentes em formação, é um indivíduo com uma história e trajetória únicas. Essa combinação é o que traz as melhores taxas de cura e sobrevida.
Tratar o câncer como algo terminal ou como uma guerra é uma violência silenciosa que abala a autoestima de quem está em tratamento. Medo e incerteza são naturais, mas, quando amplificados pelo estigma social, tornam-se fardos cruéis.
O primeiro passo para mudar essa realidade é disseminar informações precisas sobre o que significa viver com câncer, destacando que essa não é mais uma condição implacável. Campanhas de conscientização são essenciais, mas precisamos de uma transformação mais profunda e genuína no discurso e nas atitudes diárias.
(Victor Piana. Disponível em: https://www.estadao.com.br/opiniao. Adaptado)
Em seu artigo, o autor mostra-se favorável a uma mudança de comportamento no que tange a
SE13210 - (Cirurgião Dentista. 2025. Vunesp) Leia a tira para responder à questão.

(Cartunista Fernando Gonzales. Disponível em:https://www.instagram.com/niquelnausea.)
De acordo com as informações do 1º quadro da tira, os vírus são
SE13209 - (Auxiliar em saúde bucal. 2025. Vunesp) Leia a tirinha a seguir para responder à questão.

(Alexandre Beck. Armandinho. Disponível em:https://www.facebook.com/tirasarmandinho)
É correto afirmar que a tirinha sugere que
SE13208 - (Auxiliar em saúde bucal. 2025. Vunesp) Leia o texto para responder à questão.
A Santa Casa de Misericórdia de São Paulo anunciou a venda de sete imóveis no centro de São Paulo. O objetivo é arrecadar R$ 200 milhões e quitar parte dos R$ 650 milhões em dívidas da instituição. Trata-se de um paliativo que não estancará o sangramento sofrido não apenas pela Santa Casa de São Paulo, mas por toda a rede de hospitais filantrópicos do País em razão do subfinanciamento crônico imposto pela incúria do poder público e o oportunismo de seus agentes.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é fundamentalmente um serviço público prestado por entes privados. Hospitais estatais são, em geral, insuficientes, ineficientes e caros. As Santas Casas e os hospitais filantrópicos respondem por quase metade dos leitos do SUS. Em quase 900 municípios, essas entidades são o único serviço de saúde. Segundo a Confederação das Santas Casas (CMB), em 2023 a rede pública foi responsável por apenas 27% das internações de alta complexidade do País, enquanto os hospitais filantrópicos responderam por 61%. Mas esses hospitais são vitimados pelo próprio sucesso.
Em teoria, o SUS seria um exemplo de cooperação entre o público e o privado para outros serviços públicos do País e para sistemas de saúde de todo o mundo: o Estado recolhe o dinheiro do contribuinte e o repassa a entidades sem fins lucrativos com o alcance e a expertise que ele não tem, garantindo a prestação de serviços de qualidade a todos os cidadãos. Mas como, na prática, os repasses não cobrem os serviços, os hospitais são obrigados a pagá-los.
Há décadas os valores de repasse da Tabela do SUS estão defasados. Hoje, os repasses não cobrem mais que 50% do custo dos procedimentos. Segundo a CMB, em 18 anos a dívida desses hospitais dobrou. Muitos não resistiram à pressão. Estima-se que, entre 2017 e 2021, 500 Santas Casas fecharam as portas. Na maior parte do País, em especial nas regiões mais carentes, o sistema está ruindo aos poucos, e a continuar assim o colapso pode ser súbito e brutal.
Há uma luz no fim do túnel. No início de 2024 finalmente foi sancionada uma lei federal estabelecendo a revisão periódica da tabela. A proposta da CMB é que a partir de 2025 o reajuste corresponda, no mínimo, ao valor da inflação médica. Não é suficiente para recompor as perdas de anos de hemorragia financeira, mas ao menos a estancaria.
(O Estado de SP. “Luz no fim do túnel para as Santas Casas”. Disponível em: https://www.estadao.com.br, 06.11.2024. Adaptado.)
É correto afirmar, a partir das informações do texto, que
SE13207 - (Oficial Administrativo. 2024. Vunesp) Em determinada empresa, o piso salarial que era de R$ 2.100,00 sofreu um aumento de 10%. Após esse aumento, o novo valor desse piso passou a ser 15% do valor do salário de um gerente. O salário de um gerente é igual a
SE13206 - (Encarregado de Zeladoria. 2024. Vunesp) Uma empresa comprou determinado número de envelopes, dos quais 60% são de tamanho A4. Dos envelopes restantes, 70% são do tamanho A3 o os outros 18 envelopes são para cartas comerciais. O número de envelopes comprados do tamanho A4 superou o número de envelopes comprados do tamanho A3 em
SE13205 - (Motorista. 2024. Vunesp) Em uma empresa, 40% do número total de veículos da frota são movidos somente por gasolina, e os outros 9 veículos são flex (são movidos por gasolina ou por etanol). O número de veículos dessa frota que são movidos somente por gasolina é
SE13204 - (Analista Legislativo. 2024. Vunesp) Considere a seguinte informação publicada em uma agência estadual de notícias:
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) investiu R$ 880,3 milhões, no primeiro semestre de 2023, na melhoria do saneamento básico. Esse montante é 15,3% maior do que o montante investido na melhoria do saneamento básico, no mesmo período do ano anterior.
(https://www.aen.pr.gov.br/Noticia/Sanepar-amplia-em-15- investimento-no-1o-semestre-para-aumentar-o-saneamento. Adaptado)
Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que o montante investido na melhoria do saneamento básico, pela Sanepar, no primeiro semestre de 2022, ficou entre
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