Questões Comentadas

Quadro 1: Uma mulher sentada à mesa, com um livro ou computador, diz: "CITE AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA INTERNET." Parece ser uma tarefa ou uma reflexão proposta. Uma criança (ou pessoa mais jovem) está ao lado dela, ouvindo.

Quadro 2: A criança responde: "A INTERNET É UMA FERRAMENTA DE ESPALHAR MENTIRAS." A expressão da criança é de desânimo ou frustração, e a da mulher parece neutra.

Quadro 3: A mulher, agora com uma xícara, responde com outra perspectiva: "A INTERNET APROXIMA AS PESSOAS." Sua expressão é mais suave, talvez otimista. A criança ainda parece um pouco desanimada.

Quadro 4: A mulher, com a criança ao lado, continua: "TODOS PODEM USAR A INTERNET PARA SE EXPRESSAR." A expressão da mulher é mais animada, e a criança ainda mantém uma expressão de desânimo/cansaço.

Quadro 5: A criança, com uma expressão de total exaustão, diz: "ACHO QUE TÁ BOM DE DESVANTAGENS JÁ, NÉ?" A mulher olha para ela com uma expressão mista.

A) No 1º quadro, uma pessoa diz algo que lhe passou pela mente no momento.

INCORRETA. A frase "CITE AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DA INTERNET" soa mais como uma instrução, uma tarefa ou um pedido formal, e não algo que simplesmente "passou pela mente" de forma aleatória. É uma pergunta direcionada para gerar uma discussão ou lista.

B) No 2º quadro, a pessoa que fala se vale de uma mentira para ajudar outra pessoa.

INCORRETA. No 2º quadro, a criança afirma que "A INTERNET É UMA FERRAMENTA DE ESPALHAR MENTIRAS." Não há indicação de que a criança esteja mentindo para ajudar alguém. Ela está expressando uma percepção (negativa) sobre a internet, que, para ela, é uma verdade ou uma desvantagem.

C) No 3º quadro, a pessoa que fala exprime um desejo que não corresponde à realidade.

INCORRETA. No 3º quadro, a mulher diz: "A INTERNET APROXIMA AS PESSOAS." Embora a internet possa também afastar, a função de aproximar pessoas é uma realidade amplamente reconhecida e uma vantagem da internet (por exemplo, redes sociais, comunicação à distância). Não é um mero desejo irreal.

D) No 4º quadro, a pessoa que fala rebate o comentário anterior com algo que é de fato possível.

INCORRETA. A mulher não está rebatendo o comentário anterior (que era "A internet aproxima as pessoas"). Ela está continuando a lista de vantagens. Ela não está refutando a fala anterior. Ela está adicionando uma nova vantagem. Portanto, "rebate" não se encaixa bem aqui.

E) No 5º quadro, a pessoa que fala considera o que foi dito anteriormente como desvantagem.

CORRETA. No 5º quadro, a criança diz: "ACHO QUE TÁ BOM DE DESVANTAGENS JÁ, NÉ?" A criança percebeu que as últimas duas frases da mulher ("A internet aproxima as pessoas." e "Todos podem usar a internet para se expressar.") eram, na verdade, vantagens. A fala da criança ("tá bom de desvantagens") mostra que ela está interpretando tudo que a mulher disse até aquele momento como desvantagens, inclusive as vantagens que a mulher apresentou. A expressão facial da criança corrobora essa interpretação de exaustão e talvez um mal-entendido. A mulher, ao citar a aproximação e a expressão, estava citando vantagens, mas a criança, aparentemente cansada, as englobou em sua percepção negativa geral. No entanto, a alternativa afirma que a pessoa que fala (a criança) considera o que foi dito anteriormente (as frases da mulher) como desvantagem. Isso é preciso, pois a criança está saturada das "desvantagens" que ela mesma (e talvez a mulher, na sua percepção) está listando. A mulher estava listando vantagens, mas a criança as interpretou como mais exemplos na linha das "desvantagens" (ou pelo menos como um prolongamento de uma discussão cansativa que ela associa a coisas negativas).

GABARITO E

A) respeitou a sugestão do rapaz, aceitando variar o cardápio.

INCORRETA. Embora ela tenha aceitado pedir pizza (variar o cardápio em relação à salada), a escolha específica do sabor (rúcula com tomate seco) subverteu a intenção do rapaz, que era "deixar as dietas um pouco de lado" com algo "bem gostoso". Ela aceitou a forma (pizza), mas não o espírito (sair da dieta).

B) não alterou muito a alimentação que vinha tendo na semana.

CORRETA. O rapaz queria "deixar as saladas e as dietas um pouco de lado". Ao pedir uma pizza de rúcula com tomate seco, a moça escolheu um sabor que é, comparativamente, mais leve e alinhado com uma alimentação mais controlada, diferentemente de uma pizza mais "tradicionalmente gostosa" e calórica. Isso sugere que, apesar de comer pizza, ela não se desviou drasticamente da sua rotina de dieta/saladas, ou seja, "não alterou muito a alimentação que vinha tendo na semana". O sorriso dela no segundo quadro reforça essa ideia de que ela "venceu" ou se manteve no controle.

C) pediu a pizza, pensando que o moço gostava muito de rúcula.

INCORRETA. A tirinha não dá nenhuma indicação de que a moça pediu a pizza pensando no gosto do rapaz. A reação de surpresa e decepção dele no segundo quadro sugere o contrário: que ele não gostou da escolha, ou pelo menos não era o que ele esperava. O foco da escolha parece ser dela mesma.

D) não desejava comer pizza de rúcula, mas quis agradar o rapaz.

INCORRETA. A moça está sorrindo no segundo quadro, indicando satisfação com a própria escolha. A expressão do rapaz é de desapontamento, não de satisfação, o que invalida a ideia de que ela quis agradá-lo com aquela escolha. Além disso, ela não parece "não desejar" a pizza de rúcula.

GABARITO B

Quadro 1: O rapaz (com um sorriso animado) diz à moça: "AMOR, É FIM DE SEMANA! VAMOS DEIXAR AS SALADAS E AS DIETAS UM POUCO DE LADO E PEDIR UMA PIZZA BEM GOSTOSA!?". A moça parece um pouco relutante ou cética, com uma expressão de cansaço ou desânimo.

Quadro 2: A pizza já está servida. O rapaz (com expressão de decepção ou surpresa) pergunta: "PEDIU PIZZA DE RÚCULA COM TOMATE SECO?!?". A moça (com um sorriso sugestivo, quase de quem venceu) parece satisfeita com a escolha dela, que claramente não era o "bem gostosa" que o rapaz esperava.

A) a escolha da pizza de rúcula deixou o moço com raiva.

INCORRETA. A expressão do moço no segundo quadro é de surpresa e decepção, talvez um pouco de desânimo, mas não chega a ser "raiva". Ele parece mais frustrado pela expectativa quebrada.

B) a moça não queria pedir pizza numa segunda-feira.

INCORRETA. O diálogo no primeiro quadro indica que a sugestão de pedir pizza é para o "FIM DE SEMANA!". Não há menção a segunda-feira.

C) o rapaz foi indelicado ao sugerir à moça que pedissem pizza.

INCORRETA. O rapaz sugere a pizza de forma animada e parece querer agradar ou descontrair, mencionando o "fim de semana" e "deixar as saladas e as dietas um pouco de lado". Sua sugestão não é indelicada; pelo contrário, é um convite.

D) a moça propôs uma pizza porque estava cansada de comer saladas.

INCORRETA. Foi o rapaz quem propôs pedir pizza, sugerindo "deixar as saladas e as dietas um pouco de lado". A moça, no primeiro quadro, demonstra uma expressão que pode indicar cansaço da dieta, mas a proposta da pizza veio dele. Ela, por sua vez, subverte a expectativa ao pedir uma pizza "saudável".

E) a moça pediu um sabor de pizza que frustrou a expectativa do rapaz.

CORRETA. No primeiro quadro, o rapaz sugere uma pizza "bem gostosa", implicando algo mais indulgente. No segundo quadro, a moça aparece sorrindo e o rapaz, surpreso, pergunta: "PEDIU PIZZA DE RÚCULA COM TOMATE SECO?!?". Isso claramente mostra que o sabor escolhido pela moça (rúcula e tomate seco são ingredientes frequentemente associados a opções mais "leves" ou "saudáveis" em oposição a algo "bem gostoso" para sair da dieta) frustrou a expectativa do rapaz de uma pizza mais calórica e tradicionalmente "gostosa" para quebrar a dieta.

GABARITO E

O autor discute a expressão "acabar em pizza", que se popularizou no Brasil para descrever situações de impunidade, especialmente em casos de corrupção. Ele critica essa normalização: "Nós precisamos recusar essa ideia como algo normal em nosso cotidiano." No terceiro parágrafo, ele reitera: "é preciso dar um basta e parar de dizer e admitir que tudo 'vai acabar em pizza'. A pizza, que ganha aqui sentido figurado, significando malfeitoria, nós não devemos admitir em nosso cardápio."

A) casos de corrupção devem ser punidos conforme sua gravidade.

INCORRETA. Embora o texto fale sobre "impunidade" em casos de corrupção, a ideia central que o autor "deixa transparecer" não é a necessidade de punição conforme a gravidade. Ele foca na recusa da aceitação da impunidade, expressa pela frase "acabar em pizza". A punição em si é uma consequência da recusa da impunidade, mas não a ideia principal que o autor transparece como seu objetivo no texto.

B) a aprovação dos desvios de conduta não revela omissão do brasileiro.

INCORRETA. O texto sugere o oposto. Ao dizer "Nós precisamos recusar essa ideia como algo normal em nosso cotidiano" e "nós não devemos admitir em nosso cardápio", o autor implica que a aceitação dessa ideia ("acabar em pizza") revela, sim, uma omissão ou complacência que ele deseja combater.

C) a indiferença com a impunidade não significa cumplicidade com atos condenáveis.

INCORRETA. O autor argumenta justamente que essa "indiferença" ou normalização da impunidade ("acabar em pizza") é algo que "nós não devemos admitir", pois implica uma aceitação tácita de "malfeitoria". Ele sugere que essa atitude é prejudicial e que precisamos recusá-la, implicando que a indiferença pode, sim, ser vista como uma forma de cumplicidade ou, no mínimo, de passividade inaceitável.

D) dizer que um episódio de corrupção vai “acabar em pizza” não deve ser aceito.

CORRETA. Esta alternativa capta perfeitamente a mensagem central do autor. Ele é explícito em sua crítica à expressão: "Nós precisamos recusar essa ideia como algo normal em nosso cotidiano" e "é preciso dar um basta e parar de dizer e admitir que tudo 'vai acabar em pizza'". Ele associa essa expressão à "malfeitoria" e diz que "nós não devemos admitir em nosso cardápio". O objetivo do autor é exatamente combater a aceitação dessa expressão e o conformismo com a impunidade que ela representa.

GABARITO D

A) um conflito bélico de décadas foi interrompido por um curto período.

INCORRETA. O texto não afirma que o conflito bélico durava "décadas". A Primeira Guerra Mundial, embora longa, não se estendeu por décadas antes de 1915. O termo "trégua" se refere à interrupção momentânea do combate, não à duração total da guerra.

B) a recordação de que era noite de Natal uniu nações adversárias.

INCORRETA. O jogo de futebol ocorreu no "Natal de 1915", e a data certamente contribuiu para a atmosfera, mas o texto foca no jogo em si como o elemento que "abriu um fugaz espaço de encontro" e uniu os homens. A recordação da noite de Natal é um pano de fundo, não o elemento central que, por si só, uniu as nações.

C) a vontade mútua de matar com crueldade se estendeu para o campo de futebol.

INCORRETA. Isso contradiz completamente o texto. O jogo de futebol foi uma interrupção da carnificina, um momento em que os soldados "jogaram para o alto suas armas" e "correram para disputar a bola", ou seja, deixaram de lado a vontade de matar.

D) os soldados desacataram os oficiais de alta patente, mas não foram punidos.

INCORRETA. O texto menciona que os "oficiais furiosos fizeram com que se lembrassem de que estavam ali para matar ou morrer", o que sugere um "desacato" temporário à ordem de combate. No entanto, o texto não informa se os soldados foram punidos ou não. A ausência de informação sobre a punição não permite essa conclusão.

E) a convivência pacífica entre os soldados, ainda que breve, se sobrepôs à carnificina.

CORRETA. O texto descreve a transformação do "campo de batalha" em "campo de futebol", onde "os inimigos jogaram para o alto suas armas e correram para disputar a bola". Isso claramente representa um momento de "convivência pacífica" entre os soldados, que se sobrepôs temporariamente à "carnificina" da guerra. O autor enfatiza que foi um "fugaz espaço de encontro para aqueles homens obrigados a se odiar", confirmando a ideia de uma breve paz em meio ao conflito.

GABARITO E

A) à bola que surgiu inusitadamente e deu ensejo à partida de futebol.

INCORRETA. Embora a bola tenha surgido de forma "inusitada" ("vinda sabe-se lá de onde, e desandou a rodar, não se sabe como"), o caráter "insólito" do jogo não se restringe apenas ao surgimento da bola. O inusitado é o contexto geral do jogo.

B) aos cento e seis anos de idade do oficial Bertie Felstead.

INCORRETA. A idade de Bertie Felstead é mencionada para situar o personagem como o último sobrevivente do evento, mas não é o que torna o jogo "insólito". O jogo em si é insólito pelo seu contexto, não pela longevidade de um de seus participantes.

C) a relatos de esportistas que participaram como militares na Primeira Guerra.

INCORRETA. O texto não faz referência a "relatos de esportistas" nem se concentra na profissão prévia dos soldados. O foco é na situação excepcional de uma trégua em plena guerra para um jogo de futebol entre inimigos.

D) à sua tese de que os soldados deveriam permanecer inimigos ferozes.

INCORRETA. A tese do autor é justamente o oposto. Ele destaca a humanidade dos soldados que, por um momento, deixaram de lado a inimizade imposta ("homens obrigados a se odiar") para compartilhar um momento de confraternização. A frase "A guerra contra as guerras" no título reforça essa ideia de condenação ao conflito e valorização da paz.

E) ao litígio explícito entre soldados e oficiais, pois estes queriam interromper o jogo.

CORRETA. O que torna o jogo "insólito" é o fato de ele ter acontecido em meio a uma guerra, entre inimigos, com soldados "jogando para o alto suas armas e correndo para disputar a bola", e a trégua sendo interrompida apenas pela intervenção dos "oficiais furiosos que fizeram com que se lembrassem de que estavam ali para matar ou morrer". O "insólito" reside na quebra da normalidade da guerra, na humanidade que aflora e no confronto (litígio, ainda que não no sentido judicial) entre a vontade de confraternização dos soldados e a ordem de combate dos oficiais. É o contexto inesperado e extraordinário da partida em si, que contraria a lógica da guerra.

GABARITO E

A) externar permanentemente emoções autotranscendentes, como paixão e gratidão.

INCORRETA. O texto diz que emoções autotranscendentes podem aumentar a humildade intelectual "pelo menos a curto prazo" e que a gratidão é o indicador mais forte. No entanto, não afirma que se deve "externar permanentemente" essas emoções, nem lista paixão como exemplo dado. O foco é mais no reconhecimento da falibilidade e na abertura a novas ideias.

B) rejeitar a falibilidade de suas convicções mais arraigadas.

INCORRETA. O texto afirma o oposto: "Reconhecer essa limitação e a possível falibilidade até mesmo de nossas crenças mais profundas é fundamental para o conceito de humildade intelectual." Rejeitar a falibilidade é o contrário da humildade intelectual.

C) colocar-se em segundo plano e superestimar as outras pessoas.

INCORRETA. O texto é explícito ao afirmar: "No entanto, constatou-se que esse tipo de humildade estava associado negativamente a um 'efeito de modéstia', ou seja, subestimar a própria capacidade. Na sua forma ideal, ser humilde não significa pensar menos de si, avisa a professora." Portanto, não se trata de se colocar em segundo plano ou superestimar outros de forma a subestimar a si mesmo.

D) usar da dissimulação para atingir objetivos e superar entraves.

INCORRETA. O texto não menciona dissimulação em momento algum. A humildade intelectual é apresentada como uma virtude que leva à correção e superação de entraves de forma genuína, não através de artifícios.

E) considerar que incertezas e equívocos são inerentes a todo processo vivenciado.

CORRETA. O texto destaca que a humildade intelectual envolve "reconhecer essa limitação e a possível falibilidade até mesmo de nossas crenças mais profundas". Além disso, afirma que "Você pode ter certeza de coisas para as quais tem boas evidências e, ao mesmo tempo, manter a possibilidade de se equivocar." Isso reflete a compreensão de que incertezas e a possibilidade de erros são partes inerentes ao processo de conhecimento e vivência.

GABARITO E

A) as faculdades de Psicologia retomaram os estudos acerca de humildade intelectual devido ao recente interesse da sociedade por Filosofia.

INCORRETA. O texto afirma que "a ideia de humildade intelectual está por aí há séculos: os filósofos sempre a consideraram uma virtude, mas o interesse dos psicólogos ficou popular só na última década." Não há menção de que o interesse dos psicólogos tenha relação com um "recente interesse da sociedade por Filosofia". O texto apenas contextualiza a origem filosófica do conceito e a popularização recente na psicologia.

B) as pessoas que se dispõem a considerar diferentes pontos de vista costumam ser criteriosas e avessas a posturas marcadas pela intransigência.

CORRETA. O texto afirma que a humildade intelectual "ajuda a superar o pensamento muito categórico, ou-preto-ou-branco". Além disso, as pessoas intelectualmente humildes têm "mente aberta", são "mais inclinadas a examinar evidências e mais resistentes a desinformação e a teorias de conspiração". Isso demonstra que elas são criteriosas (examinam evidências) e avessas à intransigência (superam o pensamento categórico e têm mente aberta).

C) a humildade intelectual, conforme comprovação das pesquisas, é característica intrínseca dos indivíduos cuja capacidade física é superior à dos demais.

INCORRETA. O texto diz: "Embora a humildade intelectual não esteja associada a maior capacidade cognitiva, ela está relacionada a mais conhecimento geral, curiosidade e mente aberta." Não há qualquer menção à capacidade física, apenas à cognitiva, e mesmo essa não é diretamente associada à humildade intelectual de forma superior.

D) o fato de uma pessoa reconhecer suas falhas e limitações, ainda que isso evidencie ausência de coragem e de sensatez, deve ser valorizado pela sociedade.

INCORRETA. O texto diz: "Você pode ser intelectualmente humilde e, ao mesmo tempo, intelectualmente corajoso". Isso contradiz a ideia de que reconhecer falhas evidencie "ausência de coragem e de sensatez". Pelo contrário, a humildade intelectual, na sua forma ideal, é valorizada e vista como uma virtude que se associa a características positivas.

E) os profissionais mais competentes são os que admitem explicitamente seus erros e que delegam aos seguidores as tarefas mais complexas.

INCORRETA. O texto afirma que "Pessoas que admitem erros ou que jamais assumem saber de tudo parecem mais competentes. Os dados sugerem que seguidores ficam satisfeitos com líderes intelectualmente humildes." No entanto, o texto não menciona que esses profissionais "delegam aos seguidores as tarefas mais complexas". Essa parte da alternativa não encontra suporte no texto.

GABARITO B

A) professor de ensino secundário saudoso dos alunos de Portugal.

INCORRETA. Ele visitava escolas, mas não há indícios de que ele seja professor. Sua alegria e gratidão são para com os leitores e o ato de fazer literatura, não especificamente para com a docência.

B) escritor reconhecido, que se mostra devotado à arte da escrita.

CORRETA. A menção a "assinar os seus livros", "conversar com leitores", "personagens que pululam em muitas das minhas histórias" e a participação em feiras e eventos literários (Flip, Africa Writes) apontam claramente para a figura de um escritor. A paixão e o prazer em visitar escolas e interagir com o público ("não o via como sacrifício", "alegria de criança aniversariante") demonstram sua devoção à literatura e ao seu público.

C) crítico literário, que analisa o impacto da literatura nas escolas.

INCORRETA. Ele promove a literatura e interage com o público sobre ela, mas não há indícios de que sua função principal seja "analisar" ou fazer crítica literária. Ele é o criador das histórias, não um analista.

D) pretenso escritor, que vivencia o magistério antes da literatura.

INCORRETA. Ele já é um escritor, pois tem livros para assinar e histórias com personagens. Não há nada que indique que ele é "pretenso" ou que vivencia o magistério antes da literatura. Ele visita as escolas por causa da literatura.

E) bibliotecário e professor, que fomenta a literatura nas escolas.

INCORRETA. Embora ele visite bibliotecas em escolas e fomente a literatura, não há nada que sugira que ele seja bibliotecário ou professor como profissão primária. Sua conexão é com a criação e divulgação de suas próprias obras literárias.

GABARITO B

A) avanço das crianças no Sistema de Avaliação da Educação Básica graças ao saneamento.

INCORRETA. O texto discute o impacto negativo da falta de saneamento nas notas do Saeb, não o avanço. Ele mostra que crianças sem saneamento têm "notas sensivelmente mais baixas".

B) descaso com que a educação básica vem sendo tratada, levando à desmotivação infantil.

INCORRETA. Embora a educação seja mencionada, o foco principal do texto não é o descaso com a educação básica em si, mas como a falta de saneamento afeta a educação e o desenvolvimento das crianças. A desmotivação infantil não é o ponto central.

C) contingente de crianças do Brasil e do Paraguai que não estuda pela falta de saneamento.

INCORRETA. O texto usa a população do Paraguai (6,6 milhões) como uma comparação para o contingente de crianças brasileiras afetadas, mas não afirma que crianças paraguaias não estudam pela falta de saneamento. O foco é a realidade brasileira.

D) impacto que a ausência de saneamento básico tem para o futuro das crianças brasileiras.

CORRETA. Esta alternativa resume perfeitamente o objetivo do editorial. O texto detalha como a falta de saneamento na primeira infância gera uma "herança nefasta", afetando o desenvolvimento, a capacidade de aprendizado, a escolaridade e, consequentemente, a renda e a ascensão social na vida adulta, moldando negativamente o "futuro digno" e transformando-os em "adultos despreparados".

E) aumento do atraso escolar das crianças, mesmo em locais com saneamento garantido.

INCORRETA. O texto associa o atraso escolar diretamente à ausência de saneamento ("jovens de 19 anos sem acesso a saneamento tenham, em média, atraso de 1,8 ano na escolaridade"). Não há menção a atraso escolar em locais com saneamento garantido.

GABARITO D