Questões Comentadas

A) a repetição de conteúdos;

INCORRETA. Está presente: “explicar o conteúdo seguidas vezes”.

B) o foco variado;

INCORRETA. Está presente: “chama a atenção de diferentes grupos de alunos”

C) a técnica da explicação;

INCORRETA. Está presente: “tenta exaustivamente explicar o conteúdo seguidas vezes”.

D) a exemplificação prática;

INCORRETA. Está presente: “exemplifica de duas, três, quatro formas diferentes”.

E) a pausa reflexiva.

CORRETA. No texto, há esse trecho “A cada pausa, chama a atenção de diferentes grupos de alunos”. Mas é uma pausa reflexiva. É aquela pausa em que o professor é atrapalhado pelos alunos. É uma pausa para chamar a atenção dos alunos e não uma pausa reflexiva.

GABARITO E

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A) emprego de gíria;

INCORRETA. “fica de boa” é uma gíria.

B) transcrição oral de uma abreviatura;

INCORRETA. “profe” é transcrição oral de uma abreviatura

C) o emprego de isso com valor pejorativo;

INCORRETA. O que significa o adjetivo pejorativo? Pejorativo exprime sentido desagradável ou de desaprovação; depreciativo, de menos importância. Assim, quando o aluno fala “depois eu vejo isso no youtube” tem valor pejorativo, pois não demonstra interesse com o conteúdo. Não tem importância.

D) falha na estruturação gramatical;

CORRETA. Embora haja uma linguagem informal, com o uso de gíria, não há falha na estrutura gramatical na frase dita pelo aluno.

E) o uso de aí para marcar distância.

INCORRETA. O uso do “aí” é muitas vezes usado para marcar distância.

Ex: João, me passa esse livro aí que está na sua mesa (perceba que o livro está longe de quem fala e perto de João).

É a mesma situação com nossa questão: “depois eu vejo isso aí no youtube” (a lousa está mais perto do professor do que do aluno). Marca essa distância.

GABARITO D

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B) num texto até o que não está escrito deve ser lido;

CORRETA. Eu só posso ler algo que está escrito. Há uma incoerência nesse segmento.

GABARITO B

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A) Os imbecis deixam as suas impressões digitais no que dizem.

INCORRETA. Não há como deixar nossas impressões digitais nas nossas falas.

B) Jamais diga uma mentira que não possa provar.

INCORRETA. Não há como provar uma mentira. Se você provar uma mentira, todos vão sabe que está mentindo.

C) A razão é um sol severo: ilumina, mas cega.

CORRETA. Há coerência, pois quando olhamos diretamente para o sol precisamos até de óculos. Com certeza, se olharmos o sol mais de perto, a sua luz nos cegaria.

D) Ninguém pode me calar, a menos que amarrem minhas mãos nas costas.

INCORRETA. Mesmo com as mãos amarradas, a pessoa pode falar normalmente.

E) É como dizia o comentarista: que empate o melhor!

INCORRETA. Se empatou, então ninguém foi melhor.

GABARITO C

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A) a estrutura do texto corresponde à de uma definição;

INCORRETA. Definição de algo é uma explicação precisa, é uma delimitação exata, o que não ocorreu no texto. O autor está supondo que o analfabeto do século XXI não será mais aquele que não consegue ler ou escrever, mais sim aquele que não puder aprender, desaprender e, por fim, aprender de novo.

B) o emprego da forma futura será nos indica que a frase foi escrita há mais de dois séculos;

INCORRETA. Não há como saber em que época o texto foi escrito só porque há emprego da forma futura.

C) o uso de não, na primeira ocorrência desse advérbio, mostra oposição ao tradicional conceito de analfabeto;

CORRETA. De fato, na visão do autor, é possível que pessoas que saibam ler e escrever sejam consideradas analfabetas no século XXI, o que contraria o conceito tradicional de analfabeto.

D) o uso de não, na terceira ocorrência desse advérbio, limita sua referência a puder aprender;

INCORRETA. Não limita a puder aprender, mas também desaprender e aprender de novo.

E) o texto destaca a paciência como a maior qualidade do estudioso contemporâneo.

INCORRETA. Extrapolação de conteúdo. Primeiro que uma pessoa “estudiosa” geralmente não é analfabeta.

GABARITO C

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A) emprego de mau em lugar de mal;

INCORRETA. O uso do “mau” foi feito de forma correta.

Lembre-se que:

Mau é oposto de bom

Mal é oposto de bem

“Um bom conselho” – “Um mau conselho”

B) em si mesmo em lugar de em si mesmos;

CORRETA. Percebam a presença do verbo no plural “INVISTAM”. Assim, a forma correta seria “em si mesmos”. Invistam em si mesmos.

C) sequer em lugar de se quer;

INCORRETA. “sequer” é um advérbio que significa “nem mesmo”. 

Eu nunca economizei um dólar sequer = Eu nunca economizei nem mesmo um dólar.

D) a má colocação de apenas na frase;

INCORRETA. Não há erro na colocação do “apenas” na frase. “Apenas’ é um advérbio e pode vir no final do período sem problemas.

E) a redundância desnecessária em de idade.

INCORRETA. Não há repetição desnecessária em “idade”. Eu posso ter 40 anos de carreira, 40 anos de casado. Eu posso ter 40 anos de idade.

GABARITO B

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A) Os homens realmente educados são os autodidatas;

CORRETA. Para acontecer o processo de substantivação basta colocarmos um artigo para a transformação acontecer.

Perceba que “autodidata” é originariamente usado como uma adjetivo (qualidade). Mas nesse caso ele está substantivado pela presença do artigo “o”, de forma que exerce a função de substantivo.

1) Transformando advérbio em substantivo.

Ex: O não sem explicação se torna pesado.

2) Transformando pronome em substantivo

Ex: Meu eu está sempre em conflito.

3) Transformando conjunção em substantivo

Ex: Queria entender o porquê daquela decisão.

4) Transformando numeral em substantivo

Ex: Aqueles milhões seriam bem aproveitados na instituição.

5) Transformando verbo em substantivo

Ex: O andar de Regina era triste.

6) Transformando adjetivo em substantivo

Ex: O azul do céu me fascina.

GABARITO A

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Essa é uma questão clássica da FGV envolvendo a diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal.

O adjunto adnominal se refere somente a substantivos, enquanto o complemento nominal, a nomes (substantivos, adjetivos e advérbios).

Portanto:

1º) Toda vez que o termo preposicionado completar o sentido de um adjetivo ou um advérbio, não há dúvida, estamos diante de um complemento nominal.

Ex: Sou favorável ao seu projeto

• “favorável” – adjetivo
• “ao seu projeto” – complemento nominal

Ex: Opinei favoravelmente ao seu projeto

• “favoravelmente” – advérbio
• “ao seu projeto” – complemento nominal

2º) Toda vez que o termo preposicionado completar um substantivo concreto (referem-se a um ser, real ou imaginário) é adjunto adnominal.

Ex: João é um homem de inteligência.

• “homem” – substantivo concreto
• “de inteligência” – adjunto adnominal

ONDE ESTÁ O PROBLEMA? A DÚVIDA ENTRE COMPLEMENTO NOMINAL E ADJUNTO ADNOMINAL SURGE APENAS QUANDO O TERMO PREPOSICIONADO SE RELACIONDA COM UM SUBSTANTIVO ABSTRATO.

Quando estivermos diante de um substantivo abstrato, poderemos ter um adjunto adnominal ou um complemento nominal. Como saber se é um ou outro?

A melhor forma de afastar a dúvida quanto se um termo é adjunto adnominal ou complemento nominal é através dos sentidos ativo e passivo que carregam.

ativo: adjunto adnominal

passivo: complemento nominal

Exemplo:

Os elogios da diretora aos estudantes.

Adjunto adnominal: da diretora.

Complemento nominal: aos estudantes.

Isso porque a diretora fez os elogios (sentido ativo), enquanto os alunos os receberam (sentido passivo).

Explicada essa diferença, vamos para a questão:

1º) A leitura de todos os bons livros

• “leitura” – substantivo abstrato
• Os livros foram lidos ( o livro é o alvo da ação indicada)
• Ideia passiva
• É complemento nominal

2º) uma conversa com todos os homens

• “conversa” é substantivo abstrato
• Aqui está a pegadinha
• Veja que a frase não está no sentido de que os homens conversaram (sentido ativo).
• Mas sim no sentido de que a leitura é como uma conversa com todos os homens
• Os homens foram alvos da ação indicada (conversar)
• É complemento nominal

3º) os homens de melhor qualidade

• “homens” – substantivo concreto
• Adjunto adnominal

4º) homens dos séculos passados

• “homens” – substantivo concreto
• Adjunto adnominal

Vamos às alternativas:

A) de todos os bons livros / de melhor qualidade;

INCORRETA. CN e AA, respectivamente.

B) de todos os bons livros / dos séculos passados;

INCORRETA. CN e AA, respectivamente.

C) com todos os homens / dos séculos passados;

INCORRETA. CN e AA, respectivamente.

D) com todos os homens / de melhor qualidade;

INCORRETA. CN e AA, respectivamente.

E) de todos os bons livros / com todos os homens.

CORRETA. CN e CN, respectivamente.

GABARITO E

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A) Cada um deve dedicar-se à sua própria educação até o último dia;

CORRETA. Sujeito formado pela expressão “cada um de/dos/das” o verbo deve estar na terceira pessoa do singular.

“cada um deve” está correto.

“deve dedicar-se” está correto, pois não há nenhum termo que exija o uso da próclise.

“à sua própria” o uso da crase nesse caso é facultativo.

B) Não se trata de ler muito de tudo. É necessário digerir-se o que se lê;

CORRETA. A palavra negativa “não” atrai o uso do pronome para antes do verbo.

O verbo digerir, no contexto, é transitivo direto. Quem digere/absorve, digere/absorve algo, alguma coisa.

C) Não pretendas ser demasiado justo nem saber mais do que lhe convém;

INCORRETA. Perceba que “não pretendas” está conjugado na segunda pessoa do singular do imperativo negativo (tu).

• Não pretendas tu
• Não pretenda você

Contudo, no final da frase, o “lhe” está na terceira pessoa do singular. Deveria ter sido usado “te” para manter a correção gramatical.

O correto seria: Não pretendas ser demasiado justo nem saber mais do que te convém

D) Nascemos príncipes e a educação faz de nós sapos;

CORRETA. O primeiro verbo (nascemos) está concordando com o sujeito oculto (nós).  E o segundo verbo (faz) está na terceira pessoa do singular concordando corretamente com “educação”.

E) O amor-próprio ofendido não perdoa jamais.

CORRETA. Nas palavras compostas por justaposição, sem elemento de ligação, quando o primeiro termo está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal

Exemplos: amor-perfeito / boa-fé / decreto-lei / primeiro-ministro / guarda-noturno

GABARITO C

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O que são figuras de linguagem: são formas de expressão que destoam da linguagem comum ou denotativo. Elas dão ao texto um significado que vai além do sentido literal, portanto permitem uma plurissignificação do enunciado.

Assim, precisamos assinalar uma alternativa em que isso não ocorre.

A) O cozinheiro se faz, porém o bom cozinheiro nasce;

CORRETA. Não há o uso de nenhuma figura de linguagem aqui. O substantivo “cozinheiro” está empregado no seu sentido original, literal.

B) No que conseguir ler, não procure tanto o saber, mas o sabor;

INCORRETA. “sabor” está empregado no sentido figurado, pois não há como sentir sabor na leitura.

C) Não se trata de ler muito de tudo. É necessário digerir-se o que se lê;

INCORRETA. “digerir-se” está no sentido figurado, pois não há como digerir o que se lê.

D) Não procures o que é muito difícil para ti, não investigues o que não coube no teu prato;

INCORRETA. “prato” está no sentido figurado.

E) Ler um livro medíocre é uma tarefa sem sal.

INCORRETA. “sal” está no sentido figurado. Aqui foi utilizada a metáfora (comparação implícita). Ler um livro medíocre é como uma tarefa sem sal.

GABARITO A

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