Questões Comentadas

a) Vou desafiar meus leitores e minhas leitoras; vou convidar meus leitores e minhas leitoras a ter uma posição mais científica na formulação de opiniões. (convidar-lhes)

• Correção: "Vou convidá-los a ter uma posição mais científica na formulação de opiniões."
• Análise: O verbo "convidar" é transitivo direto, ou seja, exige um complemento direto não preposicionado. Na frase original, "meus leitores e minhas leitoras" é o objeto direto. Ao substituir por um pronome, usa-se "os", e não "lhes", que é utilizado para objetos indiretos.

b) ... e, por causa da sua fé, evita ler um bom texto do Papa Francisco, dizendo que nunca leria o texto. (leria-o)

• Correção: "... e, por causa da sua fé, evita ler um bom texto do Papa Francisco, dizendo que nunca o leria."
• Análise: O verbo "ler" é transitivo direto e requer um complemento direto não preposicionado, neste caso, "o texto". O pronome "o" deve ser usado antes do verbo "leria" devido à presença do advérbio de negação "nunca", que atrai o pronome.

c) Como na parábola dos cegos que apalpam um elefante e, tendo apalpado o elefante, pensam que sabem o que é. (tendo apalpado-o)

• Correção: "Como na parábola dos cegos que apalpam um elefante e, tendo-o apalpado, pensam que sabem o que é."
• Análise: O verbo "apalpar" é transitivo direto, e o objeto direto "o elefante" é substituído pelo pronome "o". Em locuções verbais com o verbo principal no particípio, o pronome oblíquo é posicionado entre os verbos: "tendo-o apalpado."

d) Filho de classe média urbana, enfrentou dificuldades, mas venceu tais dificuldades... (venceu-lhes)

• Correção: "Filho de classe média urbana, enfrentou dificuldades, mas venceu-as..."
• Análise: O verbo "vencer" é transitivo direto, exigindo um complemento direto não preposicionado, como "tais dificuldades". O pronome "as" substitui o objeto direto feminino/plural, enquanto "lhes" é usado para objetos indiretos.

e) Principalmente entre os adultos que se alfabetizam, os métodos tradicionais causavam desistência. (causavam-na)

• Análise: Correto. O verbo "causar" é transitivo direto, com o objeto direto "desistência". O pronome "a" substitui o objeto direto feminino/singular. Quando o verbo termina em -m, -ão ou -õe, a forma variante do pronome "a" é "-na", justificando "causavam-na."

GABARITO E

Vamos revisar a crase:

A crase é um fenômeno linguístico que ocorre na língua portuguesa quando há a fusão da preposição "a" com outro "a", que pode ser um artigo definido ou um pronome demonstrativo. Ela é indicada pelo uso do acento grave (à). Aqui está um resumo detalhado das regras e situações em que a crase é usada ou não:

Uso da Crase

1. Antes de palavras femininas que aceitam o artigo definido:
   • A crase ocorre quando a preposição "a" encontra o artigo definido "a".
   • Exemplo: "Congresso pode aprovar novas restrições à propaganda de bebidas alcoólicas."
   • Teste: Trocar a palavra feminina por uma masculina. Se houver "ao" na substituição, a crase é necessária.
   • Exemplo: "Congresso pode aprovar novas restrições ao consumo de bebidas alcoólicas."
2. Antes de palavras femininas sem o artigo, quando acompanhadas de modificadores:
   • Mesmo que a palavra feminina não peça o artigo, se ela estiver acompanhada de modificadores, a crase é necessária.
   • Exemplo: "Em visita à Rondônia de sua infância, o senador foi homenageado pela população local."
3. Antes dos pronomes demonstrativos "aquele", "aquela", "aquilo":
   • A preposição "a" junta-se aos pronomes demonstrativos.
   • Exemplo: "Esse benefício só passará a valer a partir de 1º de janeiro do ano seguinte àquele em que a lei for implementada."
4. Antes de locuções femininas no plural:
   • Em locuções adverbiais, prepositivas ou conjuntivas formadas por substantivos femininos.
   • Exemplos: "às vezes", "às claras", "às escondidas", "às 3h da manhã".
5. Antes de palavras masculinas, quando há uma palavra feminina subentendida:
   • Exemplo: "O senador fez alusão à (revista) Piauí."

Quando Não Ocorre Crase

1. Antes de verbos no infinitivo:
   • Exemplo: "Há quase 10 mil funcionários demitidos, que estão a ver navios."
2. Antes de palavras masculinas:
   • Exemplo: "No pagamento à vista, os lojistas chamam de 'descontos' os juros que seriam cobrados a prazo."
3. Antes de palavras de sentido indefinido:
   • Exemplos: "a qualquer pessoa", "a toda criança".
4. Antes de pronomes pessoais e expressões de tratamento:
   • Exemplo: "Peço a Vossa Excelência que evite usar o meu nome."
5. Antes dos pronomes relativos "que", "quem", "cuja":
   • Exemplos: "a que os artesanais têm direito", "proteção a quem usa comércio virtual."

Crase Facultativa

1. Antes de pronomes possessivos acompanhados de palavras femininas:
   • Exemplo: "O senador rebateu todas as críticas a/à sua emenda."
2. Antes de nomes próprios femininos:
   • Exemplo: "No discurso, o senador fez alusão à/a Eunice Michelis, primeira senadora eleita no Brasil."

A crase, portanto, não é apenas uma regra de acentuação, mas um fenômeno que envolve o entendimento da regência verbal e nominal, a natureza dos substantivos e a sintaxe da língua portuguesa. A aplicação correta da crase ajuda a evitar ambiguidades e confusões na comunicação escrita.

Agora, vamos analisar as alternativas:

a) Meu texto de hoje tem dois objetos... (Meu texto de hoje refere-se à dois objetos...)

INCORRETA. Não se usa crase antes de termos masculinos, como "dois objetos". A crase resulta da fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a", que não é o caso aqui.

b) Vou desafiar meus leitores... (Vou dirigir-me à meus leitores...)

INCORRETA. Não se usa crase antes de pronomes possessivos masculinos, como "meus leitores". Assim, apenas a preposição "a" é usada.

c) ... o mesmo ocorre com o católico convicto em relação a outros credos. (... o mesmo ocorre com o católico convicto com referência às demais religiões.)

CORRETA. O uso do acento grave em "às demais religiões" é apropriado. A crase ocorre pela contração da preposição "a" (exigida por "referência") com o artigo feminino "as" que determina "religiões": "a + as" = "às".

d) Existem os que apenas tomaram contato com trechos... (Existem os que passaram à tomar contato com trechos...)

INCORRETA. Não se usa crase antes de verbos no infinitivo, como "tomar". Apenas a preposição "a" é necessária.

e) Seu olhar agudo esbarrava em um grande problema do Brasil: a alfabetização de adultos. (Seu olhar agudo estava atento à uma questão problemática no Brasil: a alfabetização de adultos.)

INCORRETA. Não se usa crase antes do artigo indefinido "uma". A preposição "a" é suficiente sem a crase.

GABARITO C

a) Mostrar que alguma palavra foi omitida propositalmente, sugerindo que cada leitor pense no que quiser.

• Análise: Incorreta. Embora uma palavra tenha sido omitida propositalmente, o objetivo das reticências não é deixar o leitor pensar livremente, mas sim sugerir uma contradição ou contraste implícito no contexto.

b) Marcar uma interrupção da sequência lógica da frase, sugerindo que passamos a ser um país com muitos leitores.

• Análise: Incorreta. A interrupção não sugere que o país passou a ter muitos leitores. As reticências indicam uma adversidade ou contraste, implicando que, apesar de deixarmos de ser rurais, ainda temos poucos leitores.

c) Indicar a supressão de um trecho que deixaria os enunciados desconexos e prejudicaria o sentido.

• Análise: Incorreta. A supressão de um trecho não prejudica o sentido dos enunciados. Pelo contrário, as reticências criam uma pausa que convida à reflexão, mantendo a coerência do texto.

d) Permitir ao leitor completar o pensamento que foi suspenso, no caso, de que o país continua com poucos leitores.

• Análise: Correta. As reticências permitem que o leitor complete o raciocínio, indicando que, embora o Brasil tenha deixado de ser um país rural, ainda enfrenta o problema de ter poucos leitores. Elas sugerem uma ideia adversativa implícita.

e) Apresentar a suspensão de um pensamento, sugerindo dúvida quanto à continuidade de o país ser rural e com poucos leitores.

• Análise: Incorreta. As reticências não sugerem dúvida sobre a condição do país, mas sim um contraste claro entre deixar de ser rural e continuar com poucos leitores. Não há incerteza quanto ao fato de ainda termos poucos leitores.

A opção d) é a correta, pois melhor se adequa ao contexto e ao uso das reticências no trecho, permitindo ao leitor inferir que, embora o Brasil tenha evoluído em um aspecto (deixar de ser rural), ainda enfrenta o desafio de aumentar o número de leitores.

GABARITO D

A parábola dos cegos, mencionada no texto, é usada para ilustrar como uma compreensão parcial ou fragmentada pode levar a equívocos. Agora, vamos analisar cada alternativa:

a) o respeito que se deve às opiniões dos outros, mesmo quando se discorda delas.

• Análise: INCORRETA. A parábola dos cegos não aborda o respeito pelas opiniões alheias. Ela destaca o erro de formar uma compreensão completa a partir de percepções limitadas e parciais de uma situação ou objeto.

b) os benefícios da leitura completa de uma boa obra, tanto religiosa quanto filosófica.

• Análise: INCORRETA. Embora a leitura completa seja um aspecto positivo, a parábola dos cegos não trata especificamente dos benefícios de ler uma obra inteira. Em vez disso, ela enfatiza os erros decorrentes de se basear em experiências fragmentadas para entender a realidade.

c) o engano dos que pensam conhecer a realidade com base em experiências fragmentadas.

• Análise: CORRETA. A parábola dos cegos exemplifica como uma percepção limitada e fragmentada pode levar a erros na compreensão da realidade. Cada cego tem uma visão parcial do elefante, mostrando como conclusões errôneas são formadas a partir de informações incompletas.

d) as diversas experiências que levam à verdade, independentemente da opinião alheia.

• Análise: INCORRETA. A parábola dos cegos não trata da multiplicidade de experiências que levam à verdade, mas sim dos erros causados por depender de uma visão parcial para compreender algo. Ela ilustra que uma visão fragmentada pode conduzir a enganos.

e) a importância de se ignorar a experiência alheia, pois com ela não se adquire conhecimento.

• Análise: INCORRETA. A parábola não sugere ignorar a experiência alheia; ao contrário, ela ressalta que formar conclusões com base em percepções fragmentadas é enganoso. A experiência alheia é valiosa e deve ser considerada em sua totalidade para a compreensão completa.

Portanto, a alternativa c) está correta, pois reflete a mensagem central da parábola sobre os perigos de basear o entendimento em experiências fragmentadas.

GABARITO C

A frase "Talvez Platão e a Bíblia sejam as vítimas mais frequentes desse mal." usa a palavra "mal" como substantivo, referindo-se ao problema de formação de conceitos sem uma leitura completa e aprofundada. Vamos analisar cada alternativa:

a) adjetivo, e refere-se à pouca atenção que as pessoas dedicam à leitura da Bíblia e das obras de Platão.

• Análise: A palavra "mal" na frase é usada como substantivo, não como adjetivo. Como adjetivo, "mau" seria escrito com "u" e qualificaria um substantivo, o que não é o caso aqui.
• Correção: Incorreta.

b) substantivo, e retoma o sentido da concepção que o evangélico e o católico têm das obras do Papa.

• Análise: Embora "mal" seja realmente um substantivo, ele não se refere à concepção que evangélicos e católicos têm das obras do Papa. "Mal" está relacionado ao problema mais amplo da leitura fragmentada e interpretação inadequada de textos importantes como os de Platão e da Bíblia.
• Correção: Incorreta.

c) adjetivo, e qualifica os leitores evangélicos e os católicos como maus leitores da Bíblia.

• Análise: "Mal" é usado como substantivo na frase, não como adjetivo. Um adjetivo seria escrito com "u" e qualificaria diretamente um substantivo (por exemplo, "maus leitores"), o que não ocorre na frase original.
• Correção: Incorreta.

d) advérbio, e intensifica o mal que a divergência de ideias da Bíblia e de Platão exerce sobre os homens.

• Análise: "Mal" não está funcionando como advérbio. Como advérbio, "mal" modificaria um verbo, adjetivo ou outro advérbio. Na frase original, ele não exerce essa função.
• Correção: Incorreta.

e) substantivo, e reporta à ideia de que nem a obra de Platão nem a Bíblia são lidas na íntegra.

• Análise: Correto. "Mal" é usado como substantivo e se refere ao problema específico de as obras de Platão e da Bíblia não serem lidas na íntegra, resultando em interpretações fragmentadas e inadequadas.
• Correção: Correta.

Portanto, a alternativa correta é e), pois "mal" é um substantivo que se refere ao problema de leituras incompletas de obras fundamentais, como as de Platão e a Bíblia.

GABARITO E

Para identificar a alternativa correta, devemos analisar as afirmações à luz do texto do autor, que discute a relação entre preconceitos, crenças e o pensamento científico. Vamos verificar cada alternativa:

a) há quem adote como método de vida a leitura de textos de sua religião, para expressar seu desapreço à ciência.

• Análise: O autor não afirma que as pessoas leem textos religiosos especificamente para demonstrar desprezo pela ciência. Ele menciona que preconceitos podem originar-se de crenças religiosas, levando as pessoas a evitar outras leituras, mas não que o objetivo seja expressar desapreço à ciência.
• Incorreta.

b) muitos que têm por objetivo reforçar suas opiniões e crenças leem textos de outros credos, desde que estes não contrariem suas opiniões.

• Análise: O autor afirma que as pessoas evitam ler textos que contradizem suas crenças, não que procuram textos de outros credos para reforçar suas opiniões. A intenção não é buscar reforço, mas evitar confronto.
• Incorreta.

c) as opiniões pessoais que nascem sem exame crítico seguem na contramão do pensamento científico.

• Análise: Esta alternativa resume corretamente a crítica do autor. O autor explica que o pensamento científico combate preconceitos, que são formados sem observação ou exame crítico. Opiniões formadas sem esse exame crítico, baseadas apenas em preconceitos ou informações parciais, são contrárias aos princípios científicos, que valorizam a análise, observação e experiência.
• Exemplo: No texto, o autor menciona pessoas que evitam textos que desafiem suas crenças religiosas ou que conhecem apenas trechos de obras, como as de Platão ou da Bíblia, formando opiniões incompletas ou distorcidas. Essas opiniões sem fundamento crítico são prejudiciais e contrárias ao método científico.
• Correta.

d) o hábito de ler apenas trechos de obras garante, mesmo assim, que a essência da mensagem seja absorvida.

• Análise: O autor critica exatamente o oposto: ler apenas trechos de obras leva a um entendimento fragmentado e possivelmente distorcido, semelhante à parábola dos cegos apalpando o elefante.
• Incorreta.

e) a metodologia de pensamento privilegia aquelas pessoas cujas convicções estão baseadas na fé.

• Análise: O autor argumenta que o pensamento científico enfrenta preconceitos, incluindo convicções baseadas na fé sem exame crítico. Ele não afirma que o pensamento científico privilegia tais convicções.
• Incorreta.

Portanto, a alternativa c) está correta, pois reflete a crítica do autor sobre como opiniões formadas sem exame crítico se opõem ao pensamento científico.

GABARITO C

Na frase “Permita que a vida continue! e Converse com a sua família e expresse seu desejo de ser um doador.”, as formas verbais "permita", "converse" e "expresse" estão conjugadas no modo imperativo afirmativo. O uso desse modo verbal busca convencer o leitor a adotar uma ação específica, neste caso, expressar o desejo de ser doador de órgãos.

Explicação sobre o modo imperativo:

O modo imperativo é utilizado para dar ordens, fazer pedidos, dar conselhos ou proibições de forma direta. Ele pode ser afirmativo ou negativo e não possui a primeira pessoa do singular ("eu").

Imperativo Afirmativo:

• Formação:
  • Segunda pessoa do singular (tu) e plural (vós): derivam do presente do indicativo, retirando o "s" final.
  • Demais pessoas: derivam do presente do subjuntivo.

Exemplos:

• Presente do Indicativo:
  • Eu permito, converso, expresso
  • Tu permites, conversas, expressas
  • Ele permite, conversa, expressa
  • Nós permitimos, conversamos, expressamos
  • Vós permitis, conversais, expressais
  • Eles permitem, conversam, expressam
• Presente do Subjuntivo:
  • Que eu permita, converse, expresse
  • Que tu permitas, converses, expresses
  • Que ele permita, converse, expresse
  • Que nós permitamos, conversemos, expressemos
  • Que vós permitais, converseis, expresseis
  • Que eles permitam, conversem, expressem
• Imperativo Afirmativo:
  • Permite, conversa, expressa (tu)
  • Permita, converse, expresse (você)
  • Permitamos, conversemos, expressemos (nós)
  • Permiti, conversai, expressai (vós)
  • Permitam, conversem, expressem (vocês)

Imperativo Negativo:

• Formação:
  • Deriva do presente do subjuntivo para todas as pessoas.

Exemplos:

• Imperativo Negativo:
  • Não permitas, converses, expresses (tu)
  • Não permita, converse, expresse (você)
  • Não permitamos, conversemos, expressemos (nós)
  • Não permitais, converseis, expresseis (vós)
  • Não permitam, conversem, expressem (vocês)

Comentário sobre as alternativas:

a) Imperativo, cujo objetivo é levar o leitor a instruir-se sobre a doação.

• Incorreta. Embora os verbos estejam no modo imperativo, o objetivo principal é convencer a tomar ação, não apenas instruir.

b) Subjuntivo, cujo objetivo é apresentar uma possibilidade ao leitor.

• Incorreta. O subjuntivo expressa desejo ou possibilidade, mas os verbos aqui não estão nesse modo.

c) Imperativo, cujo objetivo é convencer o leitor a abraçar uma causa.

• Correta. Os verbos no modo imperativo buscam convencer o leitor a se engajar na causa da doação de órgãos.

d) Subjuntivo, cujo objetivo é transmitir uma mensagem subjetivamente.

• Incorreta. O subjuntivo não se aplica, pois a mensagem é um apelo direto.

e) Indicativo, cujo objetivo é alertar o leitor sobre os riscos da doação.

• Incorreta. O modo indicativo afirma fatos ou realidades, e a frase não trata de alertar sobre riscos, mas de incentivar a doação.

Portanto, a alternativa correta é c), já que os verbos estão no modo imperativo e têm como objetivo convencer o leitor a abraçar a causa da doação de órgãos.

GABARITO C

Para identificar a frase correta, devemos analisar o uso de conjunções e expressões que estabelecem as relações de sentido apropriadas entre as partes da frase. Vamos verificar cada alternativa:

a) "Permita que a vida continue, pois converse com sua família a fim de expressar seu desejo de ser um doador."

• Análise: A conjunção "pois" é usada para introduzir uma explicação ou causa, mas aqui não faz sentido, pois sugere que se deve continuar a vida porque é necessário conversar com a família. O uso de "pois" não é adequado para transmitir a ideia desejada.
• Incorreta.

b) "Permita que a vida continue, mas converse com sua família, expressando seu desejo de ser um doador."

• Análise: A conjunção "mas" estabelece uma relação adversativa, indicando oposição entre "Permita que a vida continue" e "converse com sua família". No entanto, essas ideias não são opostas; a segunda oração complementa a primeira, o que torna o uso de "mas" inadequado.
•  Incorreta.

c) "Permita que a vida continue, desde que converse com sua família para expressar seu desejo de ser um doador."

• Análise: A locução conjuntiva "desde que" indica uma condição, sugerindo que a vida só continuará se você conversar com sua família. Isso cria um sentido condicional que não faz sentido no contexto.
• Incorreta.

d) "Permita que a vida continue, para isso, converse com sua família, expressando seu desejo de ser um doador."

• Análise: A expressão "para isso" corretamente estabelece uma relação de finalidade, indicando que o objetivo de conversar com a família é permitir que a vida continue. Essa construção é adequada e clara.
• Correta.

e) "Permita que a vida continue, todavia, converse com sua família desde que expresse seu desejo de ser um doador."

• Análise: A conjunção "todavia" cria uma relação adversativa, que não é apropriada, e "desde que" sugere uma condição inadequada. A frase se torna confusa e não transmite a ideia original de forma clara.
• Incorreta.

Portanto, a alternativa d) é a correta, pois utiliza "para isso" de maneira adequada para expressar a finalidade desejada na frase.

GABARITO D

Para identificar a frase que está correta de acordo com a norma-padrão, precisamos analisar o uso do sinal indicativo de crase e a pontuação em cada alternativa. Vamos verificar:

a) Com queda a vista no agro, setor de serviços, deve sustentar PIB.

• Análise de Crase: A expressão correta é "queda à vista", com crase, pois trata-se de uma locução adverbial feminina. Portanto, é necessário o uso do acento grave.

• Análise de Pontuação: A vírgula após "serviços" está incorreta, pois separa o sujeito ("setor de serviços") do verbo ("deve"), o que é gramaticalmente inadequado.
• Incorreta.

b) Carnaval deve levar a aumento nos casos de dengue, dizem especialistas.

• Análise de Crase: Não ocorre crase antes de "aumento" porque é uma palavra masculina. Portanto, o uso do "a" sem acento grave está correto.
• Análise de Pontuação: A frase está devidamente pontuada e não apresenta erros gramaticais.
• Correta.

c) Líder, tem de estar atento à novas tendências.

• Análise de Crase: Não deve haver crase antes de "novas tendências", pois a palavra "novas" não admite artigo feminino no plural ("as") que justifique a crase. O correto é "a novas tendências".
• Incorreta.

d) Rodízio de veículos volta à valer, amanhã.

• Análise de Crase: Não há crase antes de verbos, como "valer". A crase é incorreta aqui, pois não se aplica artigo feminino a verbos.
• Incorreta.

e) Conteúdo relevante, de segunda, à segunda.

• Análise de Crase: A expressão "de segunda à segunda" apresenta erro de paralelismo sintático. Como "de segunda" não tem artigo, "a segunda" também não deve ter. Portanto, deve ser "de segunda a segunda".
• Incorreta.

Portanto, a opção b) está correta, pois não apresenta erros no uso da crase nem na pontuação.

GABARITO B

Para resolver a questão, é necessário preencher as lacunas do texto de acordo com as normas gramaticais da língua portuguesa. Vamos analisar cada uma das lacunas e explicar a escolha correta das palavras:

PRIMEIRA LACUNA: "Os bichos não confiavam em Pilkington, ser humano que era, mas preferiam-no ___ Frederick..."

• Análise: Segundo as normas de uso do acento grave, não ocorre crase antes de palavras masculinas. Portanto, não pode haver crase antes do nome "Frederick". A lacuna deve ser preenchida apenas com "a".
• Preenchimento Correto: "a Frederick."

SEGUNDA LACUNA: "Frederick, ___ temiam e odiavam..."

• Análise: Os verbos "temer" e "odiar" são transitivos diretos, ou seja, exigem um complemento direto, sem preposição. Assim, a lacuna deve ser preenchida apenas com o pronome relativo "que".
• Preenchimento Correto: "que temiam e odiavam."

TERCEIRA LACUNA: "os boatos de um iminente e traiçoeiro ataque ___"

• Análise: O termo que preenche a lacuna se refere ao substantivo "boatos", que está no plural. Portanto, a forma verbal correta também deve estar no plural.
• Preenchimento Correto: "tornavam-se."

QUARTA LACUNA: "os boatos de um iminente e traiçoeiro ataque tornavam-se cada vez mais ___."

• Análise: Assim como na lacuna anterior, o termo que preenche essa lacuna refere-se a "boatos", que está no plural. Portanto, o adjetivo deve concordar em número.
• Preenchimento Correto: "fortes."

Portanto, a opção que preenche adequadamente todas as lacunas é a LETRA C.

GABARITO C