SE11565 - (Agente de Trânsito. 2024. Vunesp) Leia o texto para responder às questões de números 03 a 07.
Tenho lido matérias que defendem a ideia de que viajar não é tão fundamental e que os turistas deveriam parar com tanta andança sem sentido. Alguns italianos concordam. “Não venham mais!”, têm gritado das janelas os nativos que ainda moram em Veneza, cidade que recentemente foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um patrimônio em risco. Não demorará para Veneza ser ocupada só por visitantes, e aí não será mais uma cidade, e sim uma Disney para adultos, uma cenografia.
Ainda que eu concorde que alguns lugares precisam controlar a entrada de tanta gente, como faz Fernando de Noronha, jamais defenderei que viajar é uma banalidade dispensável. Sei que é possível ser muito feliz sem jamais colocar os pés em um aeroporto — não eu.
Por que viajar precisa ser um estado de exceção? Passamos grande parte da vida morando no mesmo endereço, com alguns intervalos de fuga. Imagine o inverso: viajar constantemente, com alguns intervalos de permanência. Eu sei, o ser humano precisa manter vínculos emocionais e ter um emprego a fim de ganhar dinheiro para sobreviver; não é prudente se aventurar (palavrinha tentadora, aventura: injustamente associada a algo temporário).
Não consigo chamar de aventureiro aquele que se dedica a conhecer o planeta em sua vasta representação, em vez de comprar uma geladeira, um fogão e formar família. Como eu fiz, e você, provavelmente, também. Não nos arrependemos, mas, no fundo, sabemos que estamos cumprindo ordens. A sociedade costuma ser intransigente com os nômades.
Não fomos educados para as possibilidades de conexão com etnias variadas, para uma expansão geográfica que nos transforme de fato em cidadãos do mundo. A segurança nos atrai na mesma medida que a liberdade nos assusta. Compensamos nosso comodismo com livros que são mais baratos que passagens aéreas. E, quando dá, fazemos turismo. Cada viagem de 10 dias ou de um mês é um jeito de colocar a cabeça para fora da gaiola. Depois, voltamos para casa ainda mais comprometidos com nossas raízes: condicionados ou não, optamos pelo amor romântico, pela criação de filhos, pelos cuidados com os pais. De tempos em tempos, confirmar que existe muito mais do que isso é nosso ato de bravura. Mas aventura mesmo é ficar.
(Martha Medeiros. Pouso e decolagem. https://oglobo.globo.com, 05.11.2023. Adaptado)
No trecho “A sociedade costuma ser intransigente com os nômades”, a palavra destacada tem como antônimo no contexto em que foi empregada:
SE11564 - (Agente de Trânsito. 2024. Vunesp) Leia o texto para responder às questões de números 03 a 07.
Tenho lido matérias que defendem a ideia de que viajar não é tão fundamental e que os turistas deveriam parar com tanta andança sem sentido. Alguns italianos concordam. “Não venham mais!”, têm gritado das janelas os nativos que ainda moram em Veneza, cidade que recentemente foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um patrimônio em risco. Não demorará para Veneza ser ocupada só por visitantes, e aí não será mais uma cidade, e sim uma Disney para adultos, uma cenografia.
Ainda que eu concorde que alguns lugares precisam controlar a entrada de tanta gente, como faz Fernando de Noronha, jamais defenderei que viajar é uma banalidade dispensável. Sei que é possível ser muito feliz sem jamais colocar os pés em um aeroporto — não eu.
Por que viajar precisa ser um estado de exceção? Passamos grande parte da vida morando no mesmo endereço, com alguns intervalos de fuga. Imagine o inverso: viajar constantemente, com alguns intervalos de permanência. Eu sei, o ser humano precisa manter vínculos emocionais e ter um emprego a fim de ganhar dinheiro para sobreviver; não é prudente se aventurar (palavrinha tentadora, aventura: injustamente associada a algo temporário).
Não consigo chamar de aventureiro aquele que se dedica a conhecer o planeta em sua vasta representação, em vez de comprar uma geladeira, um fogão e formar família. Como eu fiz, e você, provavelmente, também. Não nos arrependemos, mas, no fundo, sabemos que estamos cumprindo ordens. A sociedade costuma ser intransigente com os nômades.
Não fomos educados para as possibilidades de conexão com etnias variadas, para uma expansão geográfica que nos transforme de fato em cidadãos do mundo. A segurança nos atrai na mesma medida que a liberdade nos assusta. Compensamos nosso comodismo com livros que são mais baratos que passagens aéreas. E, quando dá, fazemos turismo. Cada viagem de 10 dias ou de um mês é um jeito de colocar a cabeça para fora da gaiola. Depois, voltamos para casa ainda mais comprometidos com nossas raízes: condicionados ou não, optamos pelo amor romântico, pela criação de filhos, pelos cuidados com os pais. De tempos em tempos, confirmar que existe muito mais do que isso é nosso ato de bravura. Mas aventura mesmo é ficar.
(Martha Medeiros. Pouso e decolagem. https://oglobo.globo.com, 05.11.2023. Adaptado)
Quanto à presença excessiva de turistas em certos lugares, é correto afirmar que a autora
SE11563 - (Agente de Trânsito. 2024. Vunesp) Leia o texto para responder às questões de números 03 a 07.
Tenho lido matérias que defendem a ideia de que viajar não é tão fundamental e que os turistas deveriam parar com tanta andança sem sentido. Alguns italianos concordam. “Não venham mais!”, têm gritado das janelas os nativos que ainda moram em Veneza, cidade que recentemente foi considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) um patrimônio em risco. Não demorará para Veneza ser ocupada só por visitantes, e aí não será mais uma cidade, e sim uma Disney para adultos, uma cenografia.
Ainda que eu concorde que alguns lugares precisam controlar a entrada de tanta gente, como faz Fernando de Noronha, jamais defenderei que viajar é uma banalidade dispensável. Sei que é possível ser muito feliz sem jamais colocar os pés em um aeroporto — não eu.
Por que viajar precisa ser um estado de exceção? Passamos grande parte da vida morando no mesmo endereço, com alguns intervalos de fuga. Imagine o inverso: viajar constantemente, com alguns intervalos de permanência. Eu sei, o ser humano precisa manter vínculos emocionais e ter um emprego a fim de ganhar dinheiro para sobreviver; não é prudente se aventurar (palavrinha tentadora, aventura: injustamente associada a algo temporário).
Não consigo chamar de aventureiro aquele que se dedica a conhecer o planeta em sua vasta representação, em vez de comprar uma geladeira, um fogão e formar família. Como eu fiz, e você, provavelmente, também. Não nos arrependemos, mas, no fundo, sabemos que estamos cumprindo ordens. A sociedade costuma ser intransigente com os nômades.
Não fomos educados para as possibilidades de conexão com etnias variadas, para uma expansão geográfica que nos transforme de fato em cidadãos do mundo. A segurança nos atrai na mesma medida que a liberdade nos assusta. Compensamos nosso comodismo com livros que são mais baratos que passagens aéreas. E, quando dá, fazemos turismo. Cada viagem de 10 dias ou de um mês é um jeito de colocar a cabeça para fora da gaiola. Depois, voltamos para casa ainda mais comprometidos com nossas raízes: condicionados ou não, optamos pelo amor romântico, pela criação de filhos, pelos cuidados com os pais. De tempos em tempos, confirmar que existe muito mais do que isso é nosso ato de bravura. Mas aventura mesmo é ficar.
(Martha Medeiros. Pouso e decolagem. https://oglobo.globo.com, 05.11.2023. Adaptado)
A partir da leitura do texto, é correto afirmar que a sua autora considera o ato de viajar uma
SE11562 - (Agente de Trânsito. 2024. Vunesp) Leia a tira para responder às questões de números 01 e 02.

(Willian Leite. Anésia # 708. www.willtirando.com.br, 05.09.2023)
É correto afirmar que o efeito de humor da tira decorre do fato de que
SE11561 - (Agente de Trânsito. 2024. Vunesp) Leia a tira para responder às questões de números 01 e 02.

(Willian Leite. Anésia # 708. www.willtirando.com.br, 05.09.2023)
No trecho “Saiba que estou mal-humorada também enquanto tô parada”, a palavra saiba foi empregada no mesmo modo verbal que a destacada em:
SE11560 - (Analista de Comunicação Pleno. 2024. Vunesp) Assinale a alternativa cuja frase apresenta correlação verbal correta.
SE11559 - (Analista de Comunicação Pleno. 2024. Vunesp) Leia o texto para responder às questões de números 11 a 14.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos. Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos 1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme potencial e que terá impactos, em especial sobre o emprego. Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação. Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos, de comida a bens industrializados, passando por vários tipos de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio existencial. É até possível que, com o problema econômico resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml. 15.09.2023. Adaptado)
Mantendo-se o sentido do trecho – A dificuldade é que, como isso não vai acontecer da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. (3º parágrafo) –, a palavra destacada pode ser corretamente substituída por:
SE11558 - (Analista de Comunicação Pleno. 2024. Vunesp) Leia o texto para responder às questões de números 11 a 14.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos. Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos 1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme potencial e que terá impactos, em especial sobre o emprego. Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação. Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos, de comida a bens industrializados, passando por vários tipos de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio existencial. É até possível que, com o problema econômico resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml. 15.09.2023. Adaptado)
Assinale a alternativa em que a palavra destacada foi empregada em sentido figurado.
SE11557 - (Analista de Comunicação Pleno. 2024. Vunesp) Leia o texto para responder às questões de números 11 a 14.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos. Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos 1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme potencial e que terá impactos, em especial sobre o emprego. Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação. Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos, de comida a bens industrializados, passando por vários tipos de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio existencial. É até possível que, com o problema econômico resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml. 15.09.2023. Adaptado)
O autor se dirige diretamente ao leitor em:
SE11556 - (Analista de Comunicação Pleno. 2024. Vunesp) Leia o texto para responder às questões de números 11 a 14.
Destruição criativa 2.0
Não compro muito a ideia de que a inteligência artificial vai destruir o mundo. Digo-o não porque tenha conhecimento privilegiado do porvir, mas porque sei que, diante do novo, nossa tendência é sempre a de exagerar os perigos. Quem quiser uma confirmação empírica disso pode pegar nas coleções de jornais os artigos catastrofistas dos anos 1970 e 1980 que mencionavam o advento dos bebês de proveta, que hoje não despertam mais polêmica.
Daí não decorre que devamos tratar a inteligência artificial com ligeireza. É uma mudança tecnológica de enorme potencial e que terá impactos, em especial sobre o emprego. Já vimos antes a chamada destruição criadora em ação. Mas, ao que tudo indica, desta vez, a aniquilação de postos de trabalho se dará em escala maior e atingirá também funções criativas ocupadas pelas elites intelectuais, que foram poupadas em viragens tecnológicas anteriores.
O quadro geral, porém, talvez não seja dos piores. Economistas de diferentes correntes anteviram um mundo em que as mudanças tecnológicas avançariam tanto que resolveriam o problema econômico da humanidade, isto é, as máquinas produziriam sozinhas e de graça tudo o que necessitamos, de comida a bens industrializados, passando por vários tipos de serviço. A dificuldade é que, como isso não vai acontecer da noite para o dia, devemos esperar uma transição complicada. E complicada não apenas em termos econômicos e sociais, mas também psicológicos.
Quando conhecemos uma pessoa, uma das primeiras perguntas que lhe dirigimos é “o que você faz?”. Vivemos em sociedades em que os indivíduos se definem em larga medida por sua profissão. Tirar isso deles pode provocar um vazio existencial. É até possível que, com o problema econômico resolvido, passemos a extrair transcendência de outras atividades. Imagine um mundo de artistas. Mas isso vai exigir uma revolução anímica.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ helioschwartsman/2023/09/destruicao-criativa-20.shtml. 15.09.2023. Adaptado)
Para explicar por que não acredita que a inteligência artificial destruirá o mundo, o autor recorre ao argumento de que
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